A sustentabilidade como um wicked problem / Sustainability as a wicked problem
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv4n6-339Keywords:
Sustentabilidade, Design Sustentável, Teoria do Design, Wicked ProblemsAbstract
Este estudo busca caracterizar a sustentabilidade como um wicked problem, embasada em aspectos econômicos, sociais e ambientais. Conceituados na década de 1970, os wicked problems foram definidos por Rittel e Webber como problemas capciosos com os quais os designers se deparam. Dentre outras características, são difíceis de definir ou medir,não possuem um único modo de resolução e ações relativas a eles não podem ser testadas, pois se postas em prática, é impossível desfazê-las. A sustentabilidade, por sua vez, é comumente analisada sob o ponto de vista ambiental, mas as esferas a social e a econômica devem permear qualquer argumentação sobre o assunto; a reunião destas dimensões configura o Tripé da Sustentabilidade (Tripple Bottom Line), conceito que engloba esta inter-relação em equilíbrio. O desenvolvimento sustentável seria alcançado através de soluções amparadas pelo Tripé, com modos de viver e ver o mundo diferentes do tradicional fluxo linear de extração, produção, consumo e descarte. Assim, neste artigo foram caracterizados, por meio de uma breve revisão bibliográfica, os aspectos dos wicked problem se da sustentabilidade foram cruzados, para que com base nesta interpretação, no futuro a sustentabilidade possa contemplar de outras formas pelos designers.
References
ASBHY, M.F. Materials and the environment: ecco-informed material choice. Amsterdam; London: Butterworth-Heinemann, 2009. 385p.
CROSS, Nigel. Engineering design methods: strategies for product design. John Wiley & Sons, 2008.
CONKLIN, Jeff. Wicked problems and social complexity. CogNexus Institute, 2001.
COYNE, Richard. Wicked problems revisited. Design studies, v. 26, n. 1, p. 5-17, 2004.
DICIONÁRIO MODERNO MICHAELIS. Inglês-Português, Português-Inglês. Melhoramentos, 2012. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/ingles/definicao/ingles-portugues/wicked%20_502484.html>. Acessoem: 28/12/2014.
ELKINGTON, John. Cannibals with forks. The triple bottom line of 21st century, 1997.
FARRELL, Robert; HOOKER, Cliff. Design, science and wicked problems. Design Studies, v. 34, n. 6, p. 681-705, 2013.
HAWKEN, P., LOVINS, A. B., LOVINS . Natural capitalism : creating the next industrial revolution. Boston: Little, Brown and Co. 1999. xix, 396 p
HORN, B. S.; OLIVEIRA, J.; PETTER, D.; WALDMAN, R. L.; RIBEIRO, V. G.; SILVEIRA. O uso do triple bottomline como uma ferramenta alternativa de sustentabilidade empresarial na sociedade de risco. In: Caminhos para a sustentabilidade através do design. LINDEN, Júlio van der; FRANZATO, Carlo; SILVEIRA, André Luis Marques da (Org.). Porto Alegre: UniRitter, p. 119-132. 2014.
IPCC. Intergovernmental Panel on Climate Change. Online. Disponível em <http://www.ipcc.ch/organization/organization.shtml>. 2016. Acesso em 23/06/2016.
KAZAZIAN, Thierry. Haverá a idade das coisas leves: design e desenvolvimento sustentável. São Paulo: EditoraSenac São Paulo, 2005.
LEFEBVRE, R. Craig. Social Marketing and Wicked Problems. Online. Disponível em: <http://socialmarketing.blogs.com/r_craiig_lefebvres_social/2012/09/social-marketing-and-wicked-problems.html>. 2012. Acesso em: 28/01/2015.
LÖBACH, Bernd. Design Industrial: Bases para a configuração de Produtos Industriais. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
McD0NOUGH, W.; BRAUGART, M. Cradle to cradle : remaking the way we make things. New York: North Point Press. 2002. 193 p.
MANZINI, Ezio. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis: os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008a.
______. Design para Inovação social e Sustentabilidade: comunidades criativas organizações colaborativas e novas redes projetuais. Rio de Janeiro: E-papers, 2008b.
MARGOLIN, Victor. Expansão ou Sustentabilidade: dois modelos de desenvolvimento. In: A política do Artificial: ensaios e estudos sobre design [tradução Cid Knipel Moreira]. Pg. 105-118. Rio de Janeiro: Record, 2002a.
______. Design para um mundo sustentável. In: A política do Artificial: ensaios e estudos sobre design [tradução Cid Knipel Moreira]. Pg. 121-135. Rio de Janeiro: Record, 2002b.
______. Design e Risco de Mudança. Editora: Portugal, 2014.
MARLET, Joaquim Viñolas. Diseño Ecológico. Barcelona: ArtBlume, 2005.
MEADOWS, D. H., J. Randers, et al. The limits to growth : the 30-year update. White River Junction, Vt: Chelsea Green Publishing Company. 2004. xxii, 338 p.
MENDES, Mariuze D.; ONO, Maristela M.; RIAL, Carmen S. Consumo e Design: projetos e metamorfoses sociais mediando estilos de vida sustentáveis. Design &Consumo. Curitiba, Editora UTFPR, v. 3, p. 15-34, 2010.
RITCHEY, Tom. Wicked problems - social messes: Decision support modelling with morphological analysis. Springer Science & Business Media, 2011.
RITTEL, Horst WJ; WEBBER, Melvin M. Dilemmas in a general theory of planning. Policy sciences, v. 4, n. 2, p. 155-169, 1973.
SLADE, G. Made to Break. Harvard University Press, 2007.
SIMON, Herbert A. The structure of ill-structured problems. In: Models of discovery. Springer Netherlands, 1977. p. 304-325.
SORLI, Mikel; STOKIC, Dragan. Innovating in Product/Process Development: Gaining Pace in New Product Development. Springer Science & Business Media, 2009.
TAINTER, Joseph A. Energy, complexity, and sustainability: A historical perspective. Environmental Innovationand Societal Transitions, v. 1, n. 1, p. 89-95, 2011.